terça-feira, 26 de maio de 2015

Software Educativo

Olá Pessoal!!
Confiram no link abaixo nossa avaliação de  três softwares sobre matemática (soma) através de fichas avaliativas e a construção de nosso software educativo.

Espero que gostem! =]

http://pt.slideshare.net/nairafabieli/trabalho-final-tde

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Apanhado teórico sobre Piaget, Vygotsky e Ferrero



Olá Pessoal, tudo bem? Hoje pela manhã tivemos aula de TDE com a apresentação do Fórum criado na última aula, em que disponibilizamos para que vocês participassem e nos ajudassem na discussão.
            A partir dos autores Jean Piaget, Lev Semenovitch Vygotsky e Emilia Ferrero, disponibilizamos um apanhado teórico referente aqueles tópicos principais que destacamos para serem discutidos, espero que vocês gostem e lhe ajudem em uma maior compreensão referente ao assunto.
Piaget
            A assimilação é um processo cognitivo pelo qual a pessoa integra (classifica) um dado perceptual motor ou conceitual as estruturas cognitivas prévias, ou seja quando a criança tem contato com coisas novas, ela tenta adaptar essas novas experiências as estruturas cognitivas que já possuía.
            Por exemplo se a criança está aprendendo sobre animais e até então o único animal que ela conhece é o cachorro, quando esta criança é apresentada a um outro animal que possua alguma semelhança, um cavalo, ocorrerá o processo de assimilação, ou seja as semelhanças entre o cavalo e o cachorro. A diferença entre o cavalo e o cachorro deverá ocorrer em um processo chamado de Acomodação. Assim quando a criança aponta para o cavalo chamando-o de cachorro, o adulto intervem dizendo que o nome do animal é cavalo a criança então acomodará essa nova estrutura cognitiva, criando um novo esquema. Ela tem agora um esquema para o conceito de cachorro e outro para o conceito de cavalo.
            A assimilação se dará de sistemas já existentes, acomodados em fases anteriores, e um dado motor ou conceitual só é acomodado perante uma assimilação no sistema cognitivo já existente. Na acomodação a pessoa é forçada a mudar sua estrutura para acomodar novos estímulos.
            Para Piaget existem quatro estados, que chama de fases de transição:
Sensório-motor: (zero a 2 anos) a partir de reflexos neurológicos o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio, construção prática de noções de espaço, tempo e objeto e causalidade.
Pré- Operatório: (2 aos 7,8 anos) capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação, a atividade motor está mais sofisticada. A criança é centrada em si, não consegue se colocar no lugar do outro, não aceita a ideia do acaso, tudo tem que tem uma explicação (um porque), já pode agir por simulação, tem percepção global, deixa-se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Operatório- Concreto: (8 aos 11 anos) desenvolve noções de tempo espaço, velocidade, ordem, é capaz de relacionar deferentes aspectos e abstrair dados da realidade.
Operatório- Formal: (8 aos 14 anos) é o momento em que as estruturas cognitivas alcançam seu mais elevado nível de desenvolvimento, tem abstração total, é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções

Vygotsky
            De acordo com Cavalcanti (2005) o desenvolvimento da criança não ocorre de forma linear, a criança aprende mediante o uso de instrumentos de mediação, os quais são internalizados pelo sujeito, esses conceitos são internalizados e a criança desenvolve as suas funções psicológicas superiores. Desse modo, a mediação pedagógica é fundamental para a construção do conhecimento da criança, ressalta-se que na medição a linguagem é de suma relevância, por desenvolver o pensamento, formação de conceitos, processos intelectuais. O educador tem papel fundamental como mediador do processo de formação da criança, o professor deve proporcionar essa mediação construtiva, por meio de interações, relações entre sujeitos e entre objetos de conhecimento.
Segundo Vygotsky (1989) apud Oliveira (2010) destacam que os vários contextos têm função importante na aprendizagem e desenvolvimento da criança, principalmente o ambiente escolar o aluno têm acesso a conhecimentos científicos fundamentais para aprendizagem. A função do educador é organizar o ambiente escolar de modo a proporcionar e provocar o interesse da criança em aprender, pois é por meio da ação humana sobre o meio ao qual está inserido que lhe permite apropriar-se do conhecimento e da cultura produzida socialmente.
Desse modo, podemos observar que:
Propomos que um aspecto essencial do aprendizado é o fato de ele criar a zona de desenvolvimento proximal; ou seja, o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar apenas quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em cooperação com seus companheiros. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento independente da criança. [...] Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas. (VYGOTSKY, 1989, p. 101 apud OLIVEIRA, 2010, p. 80).

De acordo com Oliveira (2010) temos três níveis ou zonas de desenvolvimento, sendo os níveis de Desenvolvimento Real, Desenvolvimento Proximal e Desenvolvimento Potencial. No desenvolvimento real, é possível identificar o que a criança sabe ou conhece, nesse nível a criança consegue realizar determinada atividade sozinha, pois ela já internalizou o conhecimento de estudo, sendo que a criança realiza as atividade sem auxílio de outra pessoa. Já no nível de desenvolvimento proximal a criança não consegue realizar a atividade sozinha e por isso necessita da ajuda de um colega ou professor, já no desenvolvimento potencial é o momento em que a criança internalizou esse novo conhecimento e consegue resolver sozinha a atividade. Essas ZDPs impulsionam o desenvolvimento da criança, com o objetivo de que a criança atinja novas capacidades por meio da aprendizagem, ou seja, cria-se uma ZDP nova que é superior a anterior. Desse modo, aprendizagem e desenvolvimento não acontecem exatamente no mesmo momento, mas eles estão relacionadas, por serem processos sobrepostos, já que são interdependente um do outro.

Ferrero
O ambiente estimulador no campo da leitura e escrita deve estimular o contato da criança com letras, palavras, textos, ou seja, um ambiente alfabetizador
Desse modo, Ferrero (1985) apud Castro (2009) destacam o processo de construção da escrita, que envolve cinco fases, sendo:
Fase 1 – a criança inicia o processo de construção da escrita, executa as primeiras tentativas de escrita a partir de traços básicos, que a criança aprende nas atividades propostas. Nesse momento a intenção é repetir o mecanismo da escrita que lhe foi apresentada e tentar fazer a ação pretendida.
Fase 2 – nessa etapa a criança passa a fazer combinações utilizando algumas letras que conhecem para reproduzir alguns nomes, observam a quantidade de letras usadas para escrever as palavras, se algumas palavras conter três letras ou menos, consideram a palavra errada.
Fase 3 – nesse momento a criança faz tentativas silábicas, ou seja, a criança pronuncia várias tentativas sonoras para as letras que compõem determinada palavra escrita, pois para a criança cada grafia escrita seria uma sílaba pronunciada.
Fase 4 – nessa etapa a criança passa da hipótese silábica para o nível alfabético, a criança percebe que para escrever é preciso representar cada parte sonora da palavra.
Fase 5 – nessa etapa é considerado o momento da escrita alfabética, nessa fase a criança já possui compreensão dos caracteres da escrita e sobre a separação silábica e pronuncia das sílabas.
Desse modo, Ferrero (1985) apud Castro (2009) destacam que as tentativas da criança no início da escrita até a compreensão da mesma, são comuns nesse processo para conhecimento da escrita, nesse momento a ação do docente é fundamental, proporcionando condições favoráveis para a aprendizagem e considerar o erro como patamares a serem alcançados, pois quando a criança supera tal dificuldade, começa a ter influência de outros contextos e a ter outros erros como tentativas para o acerto e aprendizagem.

Referências
CASTRO, Leonara Marques de. Escrita Virtual Comparada à Escrita Gráfica de Alunos do 5º ano de um colégio particular de GURUPI. Leonara Marques de Castro. Karla Regina Porto. Revista Cereus, V. 01, n. 01, agosto de 2009 – online. Disponível em: <Gama²http://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/2>. Acesso em: 25/04/2015.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Cotidiano, Mediação Pedagógica e Formação de Conceitos: Uma Contribuição de Vygotsky ao Ensino de Geografia. Lana de Souza Cavalcanti. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 185-207, maio/ago. 2005. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em: 06/05/2014.

OLIVEIRA, Maria Eunice de. Teatro na Escola: considerações a partir de Vygotsky. Maria Eunice de Oliveira. Tania Stoltz. Educar, Curitiba, n. 36, p. 77-93, 2010. Editora UFPR. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/er/n36/a07n36.pdf>. Acesso em: 05/05/2015.